terça-feira, 30 de outubro de 2012

Decepção.



Minha última postagem por aqui foi dia 18 de julho ... 'INDÍCIOS'??
...

Transcrevo alguns trechos: 

...Eu estou me sentindo exatamente como se estivesse lá em 1990 e poucos - claro que o impacto é bem menor, mas o sentimento de desprezo, abandono, descaso e indiferença são os mesmos e tem a mesma força - e ele sabe tudo o que passei, a dor que foi e PUTA QUE PARIU p/ que agir dessa forma comigo que nada exigi, apenas falei que o esperava (...)

Por quê? - Por quê? - Por quê? - Por quê? - Por quê? - Por quê? - Por quê? - Por quê? - Por quê? ...
E não há resposta - como não houve há quase 20 anos atrás e creio que não haverá nunca porque isso é uma puta covardia!
Ninguém é obrigado a gostar de alguém - estar perto - manter contato; NINGUÉM!

Mas ele sabe que eu sou do tipo que não adianta desprezo - indiferença e silêncio, ele tem muita consciência
de que sou AQUELA que tem que OUVIR - VER - SENTIR e de perto - cara a cara/olhos nos olhos!
Foram semanas de contato 'direto' todos os dias, e mails, ligações, recados, torpedos ... Foi 'tanto' e foi tanta a minha felicidade e sei que ele também estava (ou está) feliz ... E de repente NADA - Mais uma vez esse 'tudo' me foi tirado, eu só não sei AINDA se para o bem ou para o mal.
"Quase'' nenhuma palavra, torpedos não respondidos - e mails não respondidos - ligações 0 (acabou) 'simples' assim.
...
Vou tentar 'acreditar' que o motivo foi:
Ele -> ..."Bom dia ... Você quer mesmo estes olhos míopes que não viram a tua beleza imensa?

Eu - > Eu quero os olhos (com todo e qualquer grau de miopia) - quero as manias - a teimosia - as diferenças e as afinidades ... As divergências, as qualidades - o seu jeito - o respeito mútuo nas discordâncias E EU TO CANSADA DE DORMIR SEM VOCÊ E PASSAR TANTO FRIO E TANTA VONTADE ...
E é tanto SENTIMENTO (pausa e silêncio) ... EU QUERO O CONJUNTO DA TUA OBRA, OBRA DA TUA VIDA ... Te esperar sim, pedir mais uma vez e/ou insistir pra você "VIR" não mais ...
...
É claro que não vou passar pelo que passei novamente - É óbvio que não vou SEQUER ME PERMITIR algum tipo de ressentimento.
Explicação? - Não, eu também não terei como não tive na primeira vez, mas garanto que esta foi a última.

(Que 'coragem a minha) - E agora a vergonha, a constatação e a decepção...

...
Parece que julho é 'hoje' - Distância, frieza, pouco caso...
Teria sido maravilhoso SE eu fosse correspondida - o 'não ser' não é o motivo da minha decepção, mas foi objeto de muita tristeza. 

Parafraseando (nem tanto) Nando Reis: ''EU ESTAVA EM 'PAZ'' QUANDO 'ELE' ME PROCUROU ...
...

Então quem seria eu? Meus atos? Meus sentimentos? Minha imaginação? Sou o que crio quando tenho pensamentos baseados em sentimentos, que talvez até sinta num breve momento , mas que nunca os coloco em prática por serem atos que não se tem razão de existirem. Mas se existissem em razão, existiriam esse os exatos atos a serem praticados? Sou o que crio ou crio o que sou?

Afinal se alguém me conhecer em apenas uma parte de mim, só o que sinto ou apenas o que faço, sem ter como comparar ou definir sou apenas o que se julga conhecer, e quem julgar conhecer as duas parte, quem seria então, a escolha de quem escolhe o que achar mais eu? Porque me importo? Me importo, e não sei exatamente porque, se por um sentimento de curiosidade, se por uma resposta, ou apenas por ter a sensação que alguém entende. Se há de existir alguém que realmente entenda um verdadeiro e único eu em alguém, em si próprio. De alguma forma  me fiz a primeira vez a ouvir, a prestar atenção. Por sensação. Às vezes a gente acha que sabe tudo da gente, das lembranças, as vontades, o que se quer, ou ao que se pensa querer. Muitas vezes sou engolida pela sensação da vontade de entender o outro e o transcrever, dando chance a um eu extremamente sensível e atento, preocupado, que sente, que sofre que ama, que chora, que pede, que se doa, que se fode...
Quantas vezes quis um eu assim, mas só o tive oportunidade de o ser no breve momento em que tento organizar em palavras tudo que passa por mim ao chegar a ser visto. Intimo, tão íntimo da imaginação do sentimento vivo de alguém, que pode apenas me proporcionar uma mínima parcela do que pode ser a verdadeira sensação de momentos que nunca vivi e seu que com ele, não viverei, porque não quero mais e não me permitirei - Agora sim me vejo sendo EU, pois simplesmente em atitudes o controle da razão se faz muito maior e mais sensato diante das eloquências das vontades.
Vontade - Delírios - Desejos: TRAIÇOEIROS! Manifestam-se de formas tão intensas que nos torna escravos de nós mesmo entre o querer e o poder. 

Cada ato uma consequência mas para cada sentimento um suspiro, uma timidez, um rosto vermelho, um olhar fixo, palavras engasgadas, decepções 'acumuladas'... O que afinal de contas existe além da dúvida da vontade?
...
Da imaginação, do ter, do algo a mais que isso possa representar? Quantas vez quis não querer, quantas vezes quis querer, e só aprendi que quando se trata de sentimentos não há ordem nem imposição ou escolha, se sente. 

Mas as atitudes não, é o não ao querer dizer sim, é o contradizer o que se quer, por alguma vontade maior, a de proteger os sentimentos, o de se proteger enquanto possível, enquanto melhor hora, mas nem sempre da melhor maneira. A imaginação é capaz de criar grandes respostas (tão traiçoeiras quanto as vontades, delírios e desejos).

Como 'ler' os sentimentos que o outro não permita-se ser lido? Abrir olhos - sentidos e coração p/ querer 'interpretar' foi muita pretensão minha - > Nem digno e nem merecedor de algo 'assim' (que não se descreve)...

E de repente ficou tudo tão 'confuso' - tão sem 'fundamento', sem razão de ser ... RIDÍCULACLAUDIA - Cega, mas tão CEGA que às vezes não vê algo tão perto diante dos olhos - tudo o que se quis e não quis. 

Em mim, um mar de ideias, sentimentos e sensações, onde pessoas são ou deixam de ser sem ao menos terem 'realmente existido'.

Sou um pouco de cada momento novo, e de cada momento passado que deixo esquecer pra nunca mais lembrar -> NUNCA MAIS!

Sou a pessoa que explode por dentro sem ao menos piscar;
Sou uma armadura dos sentimentos que não se expressam pelo meu corpo, tenho os olhos que engolem o choro sem deixar nenhuma lágrima cair;
Sou uma parte que falta, que tem a opção (já descartada) da eterna busca em encontrar o que me deverá me completar.

Muitas vezes não sou exatamente quem ou como eu gostaria de ser, mas sou da forma como me permito ser, como 'posso' ser, como 'ei de ser' ... Mas EU SOU O QUANTO EU QUISER DE MIM!
... É muito eu pra ser um eu só - e quanto à 'ELE' - enfim: LIVRE DE MIM.

Ri - 'na boa'? VAI SE FODER E SEJA FELIZ! (Brindemos à 'DERRAMADA') ...