sábado, 6 de junho de 2009

Pequeno Tratado das Grandes Virtudes


“A prudência”, dizia santo Agostinho, “é um amor que escolhe com sagacidade.”
Mas o que ela escolhe?
Não, decerto, seu objeto (o desejo se encarrega disso), mas os meios de alcançá-lo ou protegê-lo.
Sagacidade das mães e das amantes, sabedoria do amor louco.
Elas fazem o que se deve, como se deve, pelo menos o que elas julgam como tal (quem diz virtude intelectual diz risco de erro), e dessa preocupação nasceu a humanidade – a delas, a nossa.
O amor as guia; a prudência as ilumina.

”Sexualidade sem prudência é sexualidade sem virtude” ...

André Comte-Sponville – Cap 3 – “A Prudência”.